Edital de socorro aos artistas do Acre será lançado nesta quinta-feira pela FEM


Serão duas fases de R$ 100 mil, cada. Cerca de 30% do valor será para trabalhadores do interior

A espera dos trabalhadores da cultura do Acre por um socorro por parte do governo do estado pode estar perto do fim. O presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), Manoel Pedro, o Correinha, informou que a autarquia lançará nesta quinta-feira (30) um edital para atender fazedores de cultura de todo o estado.

A ideia é aliviar as dificuldades financeiras enfrentadas pela categoria em meio à pandemia de coronavírus, que já infectou mais de 300 pessoas no Acre, matando, até o momento, 16 delas. Serão duas fases, com R$ 100 mil cada. Cerca de 30% do valor será aplicado para trabalhadores do interior do Acre.

Segundo Correinha, o edital terá formato simples e pouco burocrático para facilitar o acesso especialmente de quem mais precisa do recurso. Ele frisou que a ação será voltada exclusivamente aos mais necessitados e que quem possui algum tipo de renda terá sua participação vetada.

Duas entidades de cunho artístico e sem fins lucrativos serão selecionadas para fazer a ponte entre governo e beneficiários do projeto. O gestor esclareceu que isso não vai impedir que artistas sem filiação a grupos participem.

“O edital está bem redondo, participativo e certamente vai oportunizar o acesso dos artistas aos valores que temos disponível”, disse o gestor.

A FEM tem sido criticada pela classe artística pela demora em sinalizar socorro. O Acre sofre com a epidemia de coronavírus há 44 dias, período esse em que espaços culturais estão fechados e aglomerações, proibidas.

Correinha reconheceu o “retardo” e justificou que isso se deu em função de questões jurídicas e burocráticas para que todas as precauções fossem tomadas. Inicialmente, o edital foi encaminhado para a Casa Civil e depois passou a tramitar na Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).

“O governo separou esses R$ 200 mil com muita dificuldade em face da crise financeira que estamos vivendo. Isso mostra que está sendo sensível aos nossos fazedores de cultura”.

FONTE:Contilnet

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