O Médico Clínico Geral Juscelino Santos, 31 anos, está se despedindo da população do município de Jordão onde prestou serviços para aquela comunidade há 2 anos e 2 meses. Juscelino recentemente fez duas provas para residência médica em Rio Branco. Uma para Cirurgia no Santa Juliana, onde foi aprovado em segundo luga lugar e outra para Ortopedia na Fundação Hospitalar onde aguarda convocação.
Emocionado, Juscelino diz que é chegada a hora de dar um até breve aos amigos, aos pacientes e àqueles que o adotaram como membro da família.
"Cheguei em Jordão sem conhecer praticamente ninguém e hoje dou um até breve para, entre pacientes, amigos e familiares que me acolheram, mais de 8 mil jordanenses. Estarei em Rio Branco, à disposição de cada um de vocês e cheio de lembranças e saudades da nossa terrinha. Deixem que falem que Jordão é longe, isolada e que tudo é caro. Quem perde são eles, que não irão desfrutar da paz, tranquilidade e alegria que só se encontra aqui. E não contém pra ninguém, mas Jordão é a cidade da música “Alem do Horizonte - Jota Quest”, contou.
Juscelino que é natural de Feijó, filho dos empresários Marlene e Antonio Joel, estudou medicina, Pós Graduação em Geriatria, Ultrassonografia e agora foi aprovado na residência em Cirurgia e aguardando convocação para Ortopedia. Trabalhou em Brasiléia, Rio Branco, Vila Campinas e Jordão.
"Estou retornando a Rio Branco, onde passei na prova para residência médica de Cirurgia. Hoje, posso dizer que sou feijoense de nascimento e jordanense de coração. Reafirmo minha gratidão a Deus e o carinho por todos aqueles que tão bem me acolheram, proporcionando - me crescimentos profissional, humano e espiritual. Continuarei à disposição de todos", concluiu.
Médico prestou os primeiros socorros ao motociclista até a chegada do Samu — Foto: Ana Paula/Arquivo pessoal |
Juscelino, recentemente foi destaque na imprensa acreana e nacional, quando, no mês de dezembro de 2018, estava em Rio Branco e presenciou um acidente de trânsito entre duas motocicletas e socorreu uma das vítimas utilizando uma colher. O rapaz desmaiou durante a batida e não conseguia respirar. Para abrir a boca da vítima, o clínico pediu uma colher aos populares e fez o procedimento. Após alguns instantes, o rapaz acordou e ficou à espera do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
"O que fiz é o protocolo, as pessoas até deviam aprender na escola, é o básico, mas que salva. Naquele momento você tem que imobilizar a cabeça do paciente e não conseguindo abrir a boca da pessoa com os dois dedos tem que procurar algo mais rígido. São coisas da vida, estava bem no momento em que aconteceu o impacto. Essas coisas são Deus, que faz a coisa certa no momento certo”, disse na época ao site G1.