Janaína Furtado (Rede) é a primeira candidata ao governo do Acre – Foto: Carlos Lima/ Arquivo pessoal |
Por Leandro Chaves – Oito estados brasileiros não tiveram candidaturas femininas ao governo lançadas em convenções. Desses, metade é da região Norte (Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia). O Acre vai na contramão e, pela primeira vez em sua história, terá na urna eletrônica uma mulher encabeçando a chapa. A vereadora de Tarauacá Janaína Furtado foi confirmada em julho pela Rede Sustentabilidade, partido liderado pela ex-senadora acreana Marina Silva.
As eleições para governo também devem acontecer apenas entre homens em Alagoas, Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O cenário pode mudar em todo o país até o dia 17, quando termina o prazo para as siglas fazerem alterações nas chapas ou desistirem de candidaturas.
O Norte tradicionalmente registra o menor número de candidaturas femininas ao Executivo. Nas eleições de 2010, apenas o Pará apresentou uma mulher como candidata ao governo na região. Naquele ano, 13 unidades da federação tiveram disputa somente entre homens.
Em 2014, o número de estados sem mulheres nas urnas caiu para 10 em todo o Brasil e, novamente, o Norte liderou o ranking regional de ausência de representatividade feminina nas eleições majoritárias, com Acre, Amapá, Amazonas e Pará integrando a lista.
Neste ano, o Acre inovou com a homologação da candidatura de Janaína Furtado, que sai em chapa puro-sangue com o servidor público Júlio César. A pedagoga tem apenas 31 anos e exerce o segundo mandato na Câmara dos Vereadores de Tarauacá. Ela disse estar “honrada por ser a primeira mulher a concorrer ao cargo de governadora do Acre”.
“Era até estranho para o público feminino, a maioria do eleitorado acreano, não ter uma mulher disputando a vaga mais alta do Executivo. Apresento-me à nossa população consciente do grande desafio que é o processo eleitoral e não tenho receio. Vou andar, conversar com as pessoas e levar nossas propostas”, disse Furtado.
fonte: Página20
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