O Acre é o único Estado do Brasil que tem 82% de seus municípios situados em linhas de fronteira e os outros 18% restantes em áreas de fronteiras, com dois países vizinhos que estão entre os maiores produtores de droga do mundo.
O deputado federal Moisés Diniz (PCdoB), apresentou proposta de ampliação da ALC de Brasileia para os municípios de Assis Brasil, Xapuri, Plácido de Castro, Capixaba e Acrelândia.
Moisés argumenta que a criação da ALC de Brasileia e Epitaciolândia foi uma forma de sobreviver à vizinha área especial boliviana de Cobija. Por isso, a necessidade de ampliar para cidades que enfrentam o mesmo problema, como Plácido de Castro e Capixaba.
“Já a criação da ALC de Cruzeiro do Sul, sem cidade estrangeira com ALC ao lado, o critério foi a situação de fronteira, fragilidade ao tráfico de drogas e o isolamento geográfico, características similares dos municípios que estamos incluindo”, argumenta Moisés.
O projeto, que foi aprovado na Comissão da Amazônia, é relatado pelo deputado federal César Messias (PSB). A proposta de Moisés Diniz amplia, ainda, a ALC de Cruzeiro do Sul para os municípios fronteiriços de Marechal Thaumaturgo, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa.
“Além da ação de fiscalização policial e militar, a forma mais consequentemente de combater o tráfico de drogas nas fronteiras do Acre é através das Áreas de Livre Comércio, que geram riquezas, oportunidades e empregos”, explica Moisés.
O parlamentar do PCdoB argumenta que a isenção fiscal referente à ampliação das Áreas de Livre Comércio do Acre representaria menos de 1% da perda de receita da Zona Franca de Manaus, que é de 36 bilhões de reais por ano.
Moisés informa, ainda, que há outras iniciativas importantes em defesa da criação ou ampliação de Áreas de Livre Comércio no Acre, através de parlamentares como Raimundo Angelim, Major Rocha, Jorge Viana, Jéssica Sales, César Messias e Alan Rick.
“Vou sugerir uma reunião da bancada e outra com os prefeitos, propondo que os parlamentares do Acre unifiquem uma proposta e lutem coletivamente, assim ganharemos força”, encerra o deputado tarauacaense -cruzeirense.
(assessoria)