agazeta.net - Os novos prefeitos sabem que vão ter que trabalhar com planejamento para conseguir colocar as contas em dia e o que mais pesa nos gastos dos municípios é a folha de pagamento. A lei de responsabilidade fiscal e a Constituição Brasileira são claras: ninguém pode passar dos 54% do orçamento, mas, como os prefeitos sempre precisam ‘agasalhar’ quem ajudou na campanha, exageram nos cargos comissionados.
Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela que os gastos com pessoal foi a maior causa do aumento das dividas.
Porto Acre tem a situação mais complicada. Em dezembro último, a folha de pagamento consumia 83,13% do dinheiro que entrava em conta. Em segundo lugar vem Rodrigues Alves com 68,56%. As administrações de Capixaba, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo e Senador Guiomard estão na casa dos 65%. E Feijó, Acrelândia, Jordão, Porto Walter, Santa Rosa, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri estão no limite. Em todos os casos os prefeitos vão ter que demitir para poder ficar em dias com a lei e as contas.
Para alguns prefeitos do Acre, o TCE já prevê a reprovação das contas de gestores que acabaram de sair do poder. Para esconder a ilegalidade no pagamento de pessoal, os prefeitos de Assis Brasil, Brasileia, Bujari, Epitaciolândia, Mâncio lima e Plácido de Castro não enviaram os relatórios com as folhas de pagamento. Note que quase todos os prefeitos dos municípios citados foram presos ou afastados em 2016.