Florestas Plantadas cultiva tradição acreana na economia


No Acre aprende-se uma relação de valores que só a Amazônia é capaz de oferecer. Desde os primeiros grupos indígenas, passando pelos migrantes nordestinos, os líderes Galvez, Plácido de Castro, Wilson Pinheiro até Chico Mendes, a terra acreana é símbolo de resistência.

Seguindo a tradição do extrativismo do látex e do desenvolvimento sem destruição das áreas nativas, o governo do Estado implementou o projeto Florestas Plantadas. O programa, que vai de Assis Brasil, na região do Alto Acre, a Manoel Urbano, região do Vale do Purus, organizará a cadeia produtiva da borracha por pelo menos 50 anos.Descansando à sombra de embaúbas, após roçar uma área para o plantio do feijão, Antônio Mendes, conhecido por Duda, conversa com os amigos sobre os três hectares de seringueiras que crescem em sua propriedade.

Vale lembrar que, atualmente, a borracha está sendo vendida na forma líquida (látex) para a Natex, fábrica de preservativos de Xapuri, ao preço de R$ 7,80 o quilo, sendo que R$ 4,20 vem de subsídio do Estado. Entretanto, na Amazônia há sempre uma grandeza a mais envolvida.

“O programa, além de enriquecer a mim e minha família, vai enriquecer o ambiente. O tempo mudou, o homem não teve o cuidado de colocar de volta o que retirou. Entenda, eu preciso limpar pedaços da floresta e plantar coisas para eu comer; mas preciso, também, colocar algo de volta para compensar o que tirei. Se essa consciência chegar a todo mundo, vamos viver bem e com saúde”, afirma Duda, ao lado de sua floresta plantada no Projeto de Assentamento Extrativista Cachoeira, em Xapuri, prestando atenção em uma casa de cabas – espécie de vespa – logo acima.

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