A onda de assalto tomou conta de nossa cidade. Se a sociedade não tem alternativa para fugir dessa loucura diária, o bandido encontrou uma saída para facilitar o seu “trabalho criminoso,” a motocicleta. Ágil, fácil de roubar ou de esconder e de uma mobilidade impressionante. Assim são as motocicletas, veículos utilizados com frequência pelos marginais para assaltar ou até mesmo executar suas vitimas.
Segundo informações, cerca de 80% dos assaltos ocorridos em nossa capital, são praticados por ladrões usando esse tipo de transporte. São ações rápidas normalmente os bandidos são experientes na pratica de roubo ou homicídios. Atuam sempre em dupla, onde o carona é quem atira contra a vítima, quem puxa o objeto de valor ou outro pertence.
A legislação de transito obriga o uso do capacete, o que dificultar a identificação do motoqueiro, que e mais um ponto a favor do criminoso. Adulterar a placa da moto, também é tarefa fácil. É só dobra-la ou cobri-la com a mão, que o veiculo estará pronto para ser usado em outros crimes.
Para fugir da policia, o bandido tem mobilidade e rapidez. Passam em passarelas, sobem em passeios públicos, pontes, becos e cruzam canteiros. Onde eles passam as viaturas de quatro rodas não conseguem trafegar.
Dezenas de veículos, incluindo motocicletas, são roubadas em Rio Branco e outros estados, tendo como destino à Bolívia, onde provavelmente são negociados por drogas ou vão para oficinas de desmanche.
A população está com medo acuada e presa dentro de casa com grades, cerca elétrica e alarme, enquanto os delinquentes andam soltos pelas ruas, a caça de suas vitimas.
A polícia, por mais diligentes que seja não tem conseguido o êxito desejado. Isso ocorre em virtude da falta de infra- estrutura, contingente inadequado, viaturas sucateadas e principalmente os baixos salários pagos aos seus policiais. Por esse motivo, é sempre considerado culpado pelo alto índice de criminalidade, o que não é verdade. Diariamente, com apoio da população, a polícia tem feito um bom trabalho, inúmeras de prisões de marginais, mas devido à fragilidade de nossas leis, esses criminosos passam pouco tempo na cadeia e logo volto às ruas para cometer novos crimes. Quanto mais se prende marginais armados, mais armas aparecem. É muito fácil retirar as armas das pessoas de bem, enquanto o bandido continua bem armado e facilmente consegue todos os tipos de artefatos de alto poder de fogo.
Para combater essa onda de criminalidade, é necessário um conjunto de medidas a médio, curto e longo prazo. Essas ações têm que ser integradas com as instituições de segurança e órgãos de transito- nas três esferas do poder- a mídia e a sociedade civil. Alem disso, é preciso reaparelhar a segurança publica, principalmente no tocante ao setor de inteligência. Também é preciso uma fiscalização mais rigorosa nas rodovias, federal, estadual, zona urbana e oficinas mecânicas para verificar possíveis existências de veículos de procedência duvidosa. Alem disso, é necessário proibir qualquer motoqueiro e sua garupa, de adentrar em estabelecimento publico e privado, usando capacete que dificulte sua identificação. Bem como, tornar obrigatório o numero da placa da moto no capacete ou uso de colete com as mesmas regras. As blitz também são importantes e tem que ser diária, não só na cidade, mas também em todo perímetro urbano e rural, abordando motoqueiro com passageiro e outros em atividade suspeita. Para que tudo de certo, o apoio da imprensa e da sociedade civil denunciando sempre, é de fundamental importância, com os resultados, população será a principal beneficiadas.
Por Sebastião Batista de Figueiredo
Servidor publico federal-FUNAI
Tião.Batista@hotmail.com