Justiça proíbe greve de agentes penitenciários no Acre

Agentes penitenciários fecham entrada de presídio
para impedir entrada de visitantes
(Foto: Aline Nascimento/G1)
A Justiça do Acre acatou, nesta quinta-feira (5), o pedido de antecipação de tutela do Governo do Estado contra uma possível greve dos agentes penitenciários no estado. De acordo com a decisão, caso a greve, cujo indicativo estava marcado para ocorrer nesta sesta sexta-feira (6), ocorra, o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindap-AC) deverá pagar multa diária de até R$ 20 mil.

Procurado pelo G1, o presidente do Sindap-AC, Adriano Marques, disse que os agentes vão acatar a ordem, mas diz que a categoria vai continuar a realizar protestos.

"Decisão judicial se cumpre e se recorre através dos meios legais. Temos um planejamento para que o processo seja extinto sem resolução de mérito. Vamos continuar a realizar atos públicos, pacíficos e ordeiros com os agentes que estiverem de folga", explica.

Ainda segundo Marques, o Sindicato prepara um dossiê para denunciar supostas más condições de trabalho ao Ministério da Justiça.
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Entenda o caso

A visita íntima aos detentos do presídio Francisco d'Oliveira Conde foi impedida nesta quarta-feira (4) pelos agentes penitenciários, durante protesto contra o assassinato de dois agentes em menos de uma semana, em Rio Branco. Na ocasião, os agentes exigiam equipamentos de segurança como colete, capacete, luvas, equipamento de raio-X, armamento letal e mais efetivo.

Revoltadas, mulheres de presos destruíram pelo menos 50 marmitas que seriam distribuídas aos operários que trabalham na reforma do complexo penitenciário. A situação se complicou e os presos da unidade de segurança máxima Antônio Amaro iniciaram um motim.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado para atuar no local, mediante decisão judicial. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindape-AC) informou então, que iria deflagrar greve geral nesta sexta-feira (6).

Em coletiva, a Secretaria de Polícia Civil do Acre afirmou que as mortes dos agentes penitenciários não estão relacionadas. Na ocasião, o secretário Flávio Portela assegurou que as investigações continuam e que prisões devem ocorrer "a qualquer momento".

Yuri MarcelDo G1 AC

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