A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira propor, em audiência pública, o aumento dos valores das bandeiras tarifárias de energia para 2015. No caso da bandeira vermelha, em vigor desde janeiro, a taxa extra passará de R$ 3 por cada 100 quilowats-hora (kWh) consumidos, para R$ 5,50, alta de 83%. Com esse reajuste, a estimativa é que as distribuidoras arrecadem R$ 17,885 bilhões neste ano, R$ 7 bilhões a mais que o calculado com as taxas menores. Caso a proposta seja aprovada, os valores vão vigorar a partir de 1º de março.
“O aumento decorre do cenário hidrológico adverso, e o que se propõe é uma divisão dos custos que serão colocados no reajuste e na revisão. Os colocados na bandeiras tarifárias somente serão cobrados se forem necessários, no caso da geração de energia de fontes termelétricas ou de compra de energia no mercado de curto prazo”.
Tiago Correia reafirmou que as bandeiras funcionam como sinal de preço para o consumidor e a Aneel determinou que as distribuidoras a partir de 1º de março façam campanhas de esclarecimento para os seus clientes. Mas estas campanhas não são simplesmente dizendo o que significam as cores das bandeiras, mas que os consumidores tem o poder de diminuir o consumo e com isso alterar a situação.
Com o sistema das bandeiras tarifárias as contas de luz podem ter aumentos mensais se a bandeira for vermelha ou amarela. Este mês, a bandeira tarifária está vermelha e deverá permanecer assim todo o ano em todos os subsistemas do país _ Sudeste/Centro-Oeste (regiões Sudeste e Centro-Oeste, Acre e Rondônia); Sul (região Sul); Nordeste (região Nordeste exceto o Maranhão) e Norte (região Norte, exceto Pará, Tocantins e Maranhão).
A tribuna