Os professores da rede municipal de ensino de Tarauacá decidiram pela greve em assembleia na tarde de ontem após rejeitarem a proposta da prefeitura. Hoje, eles devem fazer uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Educação. Uma nova proposta será encaminhada à Seme pela direção do núcleo do Sinteac no município ao secretário de Educação Edmundo Maciel. A categoria tenta a negociação desde fevereiro.
Os trabalhadores em educação do Estado em Tarauacá já haviam parado na terça-feira, 25, junto com os demais servidores de quase todos os municípios do Acre. Em Cruzeiro do Sul a adesão é de 100%, segundo o Sinteac.
Mobilização dos professores em Tarauacá foi considerada a maior dos últimos anos (Foto: Sinteac/Tarauacá)
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), João Sandim, afirma que cerca de 90% dos trabalhadores estaduais da esfera estadual estão parados. A mobilização é feita em conjunto com o Sindicato dos Professores Licenciados (Sinplac). “Nossos caminhos são diferentes, mas a partir de agora a nossa luta é a mesma e seguimos juntos. Não podemos sair da nossa data basa sem nada”, disse Sandim.
João Sandim, presidente do Sinteac (Foto: AC 24 Horas)
Os dois sindicatos defendem cinco pontos em comum, que resumem a pauta de reivindicações deste ano: isonomia salarial dos professores provisórios, reenquadramento para corrigir as distorções de 1999, carreira e piso para funcionários de escola, aumento salarial de 15% e a “puladinha” de 10%, (progressão de letra associada à reajuste deste índice).
Na quarta-feira, os pontos foram levados à equipe de negociação do governo do estado e novamente a categoria voltou insatisfeita com a contraproposta decidindo manter o movimento. Em Rio Branco está a maior parte dos trabalhadores em educação, em total de 12 mil entre os da rede estadual e municipal de ensino.
Professores em greve se reúnem em frente ao Palácio Rio Branco e Aleac enquanto aguardam negociações (Foto: Regiclay Saady/Jornal Página 20)
A Secretaria de Educação do Estado está aguardando a deliberação da categoria sobre a contraproposta apresentada. Até agora, a SEE aprovou e se comprometeu a cumprir as seguintes reivindicações: concurso para professor efetivo, com provas em 2013 e admissão em 2014; concurso para técnico administrativo; nova estrutura de tabela salarial com progressões e promoções para servidores não docentes e professores para maio de 2014.
Estão em apreciação, a “pulada” de letra extra em 2014, mantendo a de 2015 e 2016; reenquadramento dos professores, pessoal de apoio, técnicos-administrativos com aposentadoria prevista para 2014; isonomia dos contratos temporários, com 90% dos vencimento inicial do efetivo mais encargos, que é igual a cem por cento dos custos total.
O governo alega que este não há como avançar nas cláusulas financeiras. Até agora, das 83 escolas estaduais da capital, 37 aderiram à greve. As do município estão aderindo aos poucos. Muitas querem concluir o semestre letivo e aguardar o recesso escolar previsto para daqui a 1o dias.
(Por Golby Pullig/Pagina20.net)