Briga por marmitex termina com dois seguranças mortos na Ufac


Uma discussão boba por causa de um simples marmitex registrada na manhã de ontem, na guarita de entrada da Universidade Federal do Acre (Ufac), no Campus Universitário da BR-364, terminou com dois funcionários da instituição de ensino superior, que trabalhavam como seguranças, mortos.

Depois de uma troca de ofensas e insultos, Carlito Bezerra dos Santos (58), sacou de um revólver calibre 38 e executou o amigo Aloildo de Oliveira (43) com quatro tiros. Em ato contínuo, certamente arrependido do ato impensado cometido, saiu do local e, a cerca de 30 metros da guarita, suicidou-se com um tiro na cabeça.

A tragédia enlutou toda a comunidade universitária onde os dois envolvidos eram por demais conhecidos. O vice-reitor, professor Pascoal Muniz, em entrevista à imprensa lamentou o ocorrido e expressou seus sentimentos às famílias enlutadas. Ele estranhou que um segurança estivesse armado, já que existe determinação expressa da Reitoria proibindo o uso de armas por parte de trabalhadores de segurança.

DISCUSSÃO E MORTES

No momento da discussão seguida de morte e suicídio, além dos envolvidos, estavam presentes outros dois seguranças, dentre os quais Gilmar dos Reis, que presenciou o desentendimento entre os amigos e saiu, ouvindo apenas os disparos feitos dentro da guarita onde estavam Carlito e Aloildo.

Passavam das 11h de ontem, quando chegaram os marmitex, oportunidade em que, por causa do conteúdo diferente, Aloildo e Carlito começaram a discutir. Houve uma troca de ofensas, quando ocorreram três disparos. Em seguida, já do lado de fora o executor deu mais um tiro, o de misericórdia. 

O SUICÍDIO

Os dois seguranças que estavam do lado de fora da guarita saíram correndo, pois não sabiam o que realmente estava ocorrendo. Nesse momento, ainda com o revólver calibre 38 em um das mãos, Carlito Bezerra, que já estava prestes a se aposentar, foi para debaixo de uma árvore e se suicidou com um tiro na cabeça.

Minutos depois, centenas de pessoas estavam no local, que foi isolado por policiais militares até à chegada da Polícia Federal, esta que deverá ser responsável pelo inquérito, já que a tragédia ocorreu numa área federal e os envolvidos eram funcionários da instituição. Os cadáveres foram levados para o Instituto Médico Legal e serão sepultados ainda hoje.

HOMICIDA ESTAVA COM PROBLEMAS

Amigos de Carlito Bezerra dos Santos, que morava há anos na Estação Experimental, disseram que ele vinha enfrentando uma série de problemas pessoais e familiares, especialmente pelo fato de uma de suas filhas ter sido presa e levada ao presídio, e dois filhos seriam usuário de drogas.

ARMAS PROIBIDAS

O vice-reitor, Pascoal Muniz disse estar surpreso com o ocorrido, especialmente pelo fato do acusado ter usado uma arma de fogo. “Há tempos existe uma determinação expressa da reitora de administração proibindo qualquer segurança de usar arma. É lamentável que um servidor tenha desobedecido e provocado uma tragédia”, complementou o professor.

fonte: jornalatribuna

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