Segundo a PF, ele vem destruindo a unidade de conservação desde 2003. Em outro caso no AC, criador de gado é acusado de tentar subornar fiscal.
Gado na Reserva Alto Juruá impede a regeneração da floresta. (Foto: MPF-AC/Divulgação)
Um pecuarista foi denunciado esta semana pelo Ministério Público Federal por desmatar área de 384 mil metros quadrados dentro da Reserva Extrativista do Alto Juruá, no Acre. A reserva fica no município de Marechal Thaumaturgo, próximo à fronteira com o Peru.
A Polícia Federal fez laudo apontando que o criador de gado vem derrubando a mata e fazendo queimadas desde 2003 dentro da unidade de conservação. Como mantém rebanho no local, a floresta fica impedida de se regenerar.
Em outro caso, também no Acre, foi apresentada denúncia contra outro pecuarista que teria tentado subornar um fiscal do Ibama que o multou por crime ambiental em maio de 2008. O acusado já havia sido multado em R$ 190 mil anteriormente e queria evitar nova autuação oferecendo R$ 15 mil ao agente.
Segundo o MPF-AC, o fiscal, acuado por estar na propriedade do fazendeiro, levou o cheque da propina, mas em seguida registrou multas no valor de R$ 2 milhões.
Segundo o MPF-AC, o fiscal, acuado por estar na propriedade do fazendeiro, levou o cheque da propina, mas em seguida registrou multas no valor de R$ 2 milhões.
O pecuarista então fez denúncia de corrupção passiva contra o funcionário do Ibama. Como o cheque da propina não foi depositado, a queixa lhe rendeu uma acusação de denunciação caluniosa.
As multas de R$ 2 milhões são referentes à destruição de floresta nativa, por queimada e corte raso, numa área equivalente a mais de 1,7 km². As duas denúncias contra pecuaristas foram divulgadas esta semana pelo MPF.
Se você vive ou viajou para a Amazônia e tem denúncias ou ideias para melhorar a proteção da floresta, entre em contato com o Globo Amazônia pelo email globoamazonia@globo.com . Não se esqueça de colocar seu nome, e-mail, telefone e, se possível, fotos ou vídeos.