O Acre tem um dos maiores números de eleitores com baixa escolaridade, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados na semana passada. Dos 461.969 eleitores acreanos, 30,31% são analfabetos. O Estado está entre os dez com os piores índices.
Boa parte desse eleitorado está na Zona Rural do Estado. Os dados do TSE relativos ao ano de 2007 revelam a baixa escolaridade do eleitorado brasileiro. Um pouco mais da metade, 51,5%, dos 127,4 milhões de eleitores brasileiros aptos a votar até o final de 2007 não conseguiram completar o primeiro grau ou apenas lê e escreve.
O quadro é ainda mais dramático quando somados os 6,46% de eleitores analfabetos em todo o país. No Norte e Nordeste, a baixa escolaridade atinge quase 58% dos votantes. Quando somados com os analfabetos, 70% dos 34,3 milhões de eleitores nordestinos não conseguiram sequer completar o primeiro grau.
Ao se alistarem, 26,7% dos nordestinos declararam que lêem e escrevem, enquanto 31,19% disseram que tinham primeiro grau incompleto. No Norte, esse percentual era de 20,47% e 37,05%. No Centro-Oeste, a baixa escolaridade está entre 52% do eleitorado.
O nível de escolaridade também confirma a grande disparidade educacional entre as regiões brasileiras e mostra um quadro parecido com o do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores utilizado pela ONU.
Só para se ter uma idéia, no final de 2007, entre os 19 milhões de eleitores do Sul, a baixa escolaridade atingia 49,3% dos eleitores, com 10,5% deles tendo declarado saber ler e escrever e outros 38,8% que não haviam completado o primeiro grau. No Sudeste, onde residem 55 milhões de eleitores, essa relação era de 11,23% e 34,48%, respectivamente.
Esses dados não são confiáveis, boa parte dos alistamentos eleitorais acontecem quando os indivíduos estão numa faixa etária muito jovem (16/18 anos) e depois mesmo adquirindo niveis elevados de escolaridade seus dados permanecem os mesmos, não há atualização por parte da justiça eleitoral.
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