Pelo décimo segundo ano consecutivo o Governo do Estado reabre a principal rodovia do Estado. Nesta terça-feira, 15, o Deracre libera oficialmente o tráfego na BR 364 para veículos leves e de carga praticamente um mês antes da data da reabertura do ano passado. Este resultado é reflexo da mobilização iniciada em abril com duas frentes de serviço, uma que partiu de Feijó em direção ao rio Jurupari e outra que partiu em direção à Sena Madureira envolvendo centenas de trabalhadores e equipamentos.
Na manhã desta segunda-feira, durante entrevista concedida ao programa Gente em Debate da Rádio Difusora Acreana o diretor do Deracre, Marcos Alexandre, informou que a programação do Governo do Estado é manter a estrada aberta pelo menos até outubro. Em 2009, devido ao volume de chuvas, a estrada abriu em 11 de julho e fechou também mais cedo. "Já este ano tivermos um verão bom. Em abril foram quase 20 dias sem chuva e em maio, 15 dias. Por isso, na primeira semana de maio já estávamos transitando para Manoel Urbano. Este ano, as empresas fizeram a reabertura, uma disposição contratual".
Marcos Alexandre destaca a importância da rodovia para o aquecimento da economia dos municípios que se localizam às suas margens. "Nós estivemos durante o inverno em alguns municípios. Estive cinco vezes em Tarauacá, por conta da obra aeroporto. Quando chegou abril ficamos no momento de transição, sem rio, que baixou rápido e não tinha como abastecer a cidade com balsa e a estrada ainda não estava aberta", diz o diretor do Deracre lembrando que houve desasbatecimento nos municípios, principalmente de produtos industrializados. Com a abertura há uma ativação econômica desses municípios, com o custo de vida caindo entre 40 e 60% segundo levantamento da secretaria de Planejamento.
Obras das principais pontes não pararam durante o inverno
Durante todo o inverno as obras das principais pontes do Estado não foram interrompidas. Os canteiros foram abastecidos no final do verão passado e o Deracre também aproveitou, em seguida, a cheia do rio Purus para levar o restante dos insumos. As pontes localizadas nos municípios de Feijó e Tarauacá, com 300 metros de extensão cada; a ponte sobre o rio Juruá, com 550 metros; a quarta ponte em Rio Branco e as pontes entre Manoel urbano e Feijó foram bem adiantadas. "As cinco principais nós mantivemos e as outras seis que completam as 11 em construção já retomamos 90% por cento das obras. Ao todo são 16 lotes de obras na BR 364, o maior volume de obras da história do Estado", garante Alexandre.
Seis trechos estão em construção entre sena Madureira, Manoel urbano e Feijó totalizando 224 km. Há ainda a restauração de dois segmentos, o primeiro de 19,5 quilômetros partindo de Tarauacá e outro do rio Juruá ao rio Liberdade, de 69,5 km, cujas obras começam mais cedo, em maio. Três acessos à rodovia serão feitos. Um deles ligando Cruzeiro do Sul à BR 364, que as pessoas chamam de variante e os anéis viários , em Feijó e em Tarauacá, com 5 km cada. No auge das obras 3 mil homens e quase 1,5 mil equipamentos estarão em atividade nos trechos . Há orientação do Governo para que a mão de obra e os insumos mais básicos sejam adquiridos nesses próximos aos canteiros de obras.
Dicas de segurança e calendário turístico - Tanto os condutores de veículos de carga como os veículos de passeio receberão, em Sena Madureira, material informativo sobre as condições da rodovia, pontos turísticos, datas festivas comemoradas durante o período do verão nos municípios localizados ao longo da BR 364, dicas de hospedagem, alimentação e orientações sobre o trânsito seguro. A medida pretende conscientizar os motoristas sobre a importância de manter a estrada trafegável durante a época de estiagem e evitar acidentes.
Postos de fiscalização irão controlar o volume de cargas. O limite máximo de carga líquida neste inicio de reabertura da estrada é de 4 toneladas para caminhões toco, 6 toneladas para caminhões dois eixos e 8 toneladas para caminhões 3 eixos. Em Sena Madureira a balança de fiscalização controla o peso das cargas para ter dados do resultado da abertura. Em parceria a Polícia Militar outros postos de controle fazem o monitoramente da estrada, em Feijó, próximo ao rio Liberdade; próximo à aldeia Katukina e outro em Cruzeiro do Sul. Se forçar a estrada com chuva, cria atoleiros.
"Fizemos reuniões com as empresas para que elas mantenham equipamento para retirada o pessoal caso haja chuva principalmente de Manoel urbano a Feijó, região com área plana e cursos d'água que atravessam a rodovia. Temos o apoio dos transportadores, não tivemos acidentes graves ao longo dos últimos anos e queremos manter isso", diz Alexandre.