| Joana D'arc acusa meio Acre na CPI da Pedofilia mas não apresenta nenhuma prova |  |  |  |
| 12/08/2009 - 20:20 | |
| Joana D´Arc Valente Santana chegou ao auditório da Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), na tarde desta quarta-feira, dia 12, com sinais visíveis de quem estava pronta para uma guerra. Na face uma pintura "pasqí", característica da comunidade indígena yanawá, cujo significado é flecha. O resultado não poderia ter sido outro. Durante as quatro horas de depoimento à CPI da Pedofilia, a advogada e ativista dos direitos humanos atirou em todas as direções.
"Estou me sentindo um palhaço", disparou o líder do governo na Casa, deputado Moisés Diniz (PC do B). Reação ainda mais descontente apresentou o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), deputado Donald Fernandes (PSDB): "Jamais ouvir tanta leviandade e irresponsabilidade do que as ditas aqui hoje", disse. O presidente da CPI, deputado Luiz Tchê (PMN) tratou a depoente como uma parceira, mas garantiu que todas as declarações prestadas por ela serão discutidas pontualmente, antes de serem convocados novos depoimentos. Por enquanto está mantido, apenas o depoimento de Letícia Yanawá, agendado para o próximo dia 18. Já o presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães (PC do B), demonstrou equilíbrio nas suas colocações: "A nós cabe a responsabilidade de saber o que houve. Pode ter havido proteção, mas pode ter havido investigação seria também, e se houve tem que haver o reconhecimento", declarou se referindo as denuncias de crimes sexuais, que segundo a advogada, foram arquivadas. Coube a única representante feminina o incentivo e o reconhecimento: "Eu quero parabenizá-la pela sua coragem", disse a deputada Antônia Sales (PMDB), reforçando a seguir, que a advogada não tivesse medo que todos os indícios apresentados por ela seriam investigados com seriedade. Os deputados esperavam que, a partir do depoimento prestado por Joana, eles pudessem iniciar o desmantelamento da rede de pedofilia que age de forma silenciosa no Acre. Como ela havia prometido, muitos nomes foram apresentados, mas os indícios não se revelaram tão contundentes como eram esperados. Joana disse que ouviu dizer, que soube de envolvimento de pessoas que abusam sexualmente de criança, e acabou não sendo levada a sério pela maioria dos membros da comissão. Na platéia, os amigos yanawá, entre elas as índias Letícia, acompanhavam tudo atentamente. Também estiveram presentes, o presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), juiz Giordani Dourado, e um representante do Ministério Público. Dulcinéia Azevedo - redação de ac24horas |
Não acusou o bispo, mas apontou dois pastores evangélicos, que segundo ela, utilizam a internet para assediar menininhas. Juiz, promotor, agiota, empresário, escritor, sindicalista, capitão da Polícia Militar e o chefe de um órgão federal também foram citados por ela.