Celular deve matar mais que o cigarro


O uso do celular deve matar mais que o cigarro em alguns anos,
segundo estudo de um médico australiano publicado na internet. Vini
Khurana, um neurocirurgião que recebeu 14 prêmios em 16 anos, pede
que a população use o aparelho o mínimo possível, principalmente
quando se trata de crianças.

O médico analisou cerca de cem trabalhos científicos publicados
sobre o tema para chegar às suas conclusões. Segundo ele, há ao
menos oito estudos clínicos que indicam uma ligação entre o uso de
celulares e certos tipos de tumor no cérebro.

“Já há previsões de que esse perigo tenha mais ramificações para a
saúde pública do que o amianto ou o fumo. Isso gera preocupações
para todos nós, especialmente com a geração mais nova”, afirma
Khurana, que é professor de neurocirurgia na Faculdade Nacional de
Medicina da Austrália, no estudo.

A comparação entre as mortes causadas por cigarro e por celular se
deve ao fato de, atualmente, cerca de 3 bilhões de pessoas usarem
esses aparelhos, número três vezes maior que o de fumantes, afirmou
ele ao jornal “The Independent”.

Processo lento
Para Khurana, ainda não há mais dados sobre o assunto pelo fato de a
intensificação no uso dos celulares ainda ser recente. Ele afirma
que o período de “incubação” –tempo entre o início da utilização do
aparelho e o diagnóstico do câncer em um indivíduo– dura de dez a
20 anos.

“Entre os anos de 2008 e 2012, nós teremos atingido o tempo
apropriado para começar a observar definitivamente o impacto dessa
tecnologia global nos índices de câncer de cérebro”, diz ele.

Para evitar o problema, Khurana sugere, entre outras medidas, que as
pessoas evitem ao máximo o uso do celular, dando preferência ao
telefone fixo. Ele pede também moderação no uso de Bluetooth e de
headsets (fone de ouvido com microfone) sem fio. Outra dica, de
acordo com o médico, é usar o viva-voz para falar, mantendo o
celular a pelo menos 20 cm da cabeça.

Em janeiro deste ano, o governo francês pediu “prudência” no uso de
celular pelas crianças, apesar de não ter dados científicos que
comprovem os malefícios do aparelho para a saúde.

O ministério pediu que as “famílias sejam prudentes e saibam usar
estes aparelhos”, lembrando que é recomendado o uso moderado do
celular, principalmente pelas crianças, “que são mais sensíveis
porque seus organismos ainda estão em desenvolvimento”.

Folha Online
Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

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