Liberdade a Siã Huni Kuin


Conhecemos de perto a idoneidade moral do grande líder Siã, que sempre lutou pelo povo Huni Kuin, pelo renascimento de sua cultura, a preservação de seus usos e costumes tradicionais, e também pela vida sustentável na Amazônia a favor da FLORESTA EM PÉ.

Em 2014 o Artista Plástico Ernesto Neto, também Guardião Huni Kuin, convidou o Cacique Siã e outros pajés para participarem da exposição HAUX HAUX na Alemanha. O cacique participou desta exposição e também da Conferência AYA em Ibiza, um evento mundial sobre a Ayahuasca, medicina que o povo Huni Kuin é conhecedor milenar. 

Neste período, ele fez várias palestras sobre a Amazônia e a sua importância para o mundo, de como sua cultura pode ajudar com novos caminhos frente ao grande desafio da transição planetária. ELe foi remunerado pela sua participação na exposição Haux Haux, assim como em diversos outros eventos que nessa turnê de aproximadamente dois meses na Europa contabilizaram cerca de 5.000 Euros. A turnê está documentada em reportagens jornalísticas, filmagens e inclusive com recibos dos valores por ele recebidos.

Ao chegar no Brasil, o Cacique Siã desembarcou em São Paulo e aguardou uns dias para pegar o voo mais barato para retornar ao Acre. Neste meio tempo adquiriu em São Paulo 39g de Cannabis Sativa para uso próprio. Em seu retorno à sua aldeia na floresta, foi parado em uma blitz da polícia Federal no município de Feijó, Acre. A pequena quantidade de Cannabis foi encontrada, e ele declarou ser para uso próprio. Porém, ao revistarem seus pertences encontraram a soma de 4.200 Euros, fruto do trabalho realizado na Europa, e, a partir daí foi criada a tese absurda de que o dinheiro era advindo de tráfico internacional! 

Nós estamos plenamente conscientes de quanto pessoas corruptas de nossas instituições estão sempre atacando lideranças indígenas para desmobilizar esses povos perante suas causas legítimas, como foi o caso de Benki Ashaninka, já absolvido pela justiça por conta da mobilização de seu povo e dos aliados dos povos indígenas.

Agora, estamos aqui para pedir o seu apoio. A descriminalização da cannabis chegou a ser discutida no STF-Supremo Tribunal Federal em 2015, mas nada ficou definido. Em tese, usuário não pode ser preso. Porém, como a quantidade de portabilidade não foi definida, fica ao critério do que a polícia federal e o juiz decidirem. No dia 19 de março saiu a condenação em primeira instância de, inacreditáveis, 10 anos de prisão por tráfico internacional. Estamos recorrendo e apelando ao bom senso Jurídico para que esta sentença seja revogada e a Justiça seja restabelecida. 

VIDEO DO EVENTO
https://www.youtube.com/watch?v=uLtHA42OJG4



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