Experiência e inovação aliadas em nova direção da TV e Rádio Aldeia


Depois de três décadas, Elson Martins retorna à coordenação da Rede Aldeia de Comunicação. Profissional com mais de 40 anos de atuação, o jornalista traz em sua trajetória um currículo admirável, sendo parte da história do Acre e de outros Estados do país, como Amapá. Ele foi fundador do Jornal Varadouro – veículo acreano alternativo de resistência à ditadura militar -, correspondente do O Estado de S. Paulo, além de ter o reconhecimento por uma das maiores premiações da área no país, o Prêmio Esso de Jornalismo, entre outros feitos.

Martins foi diretor da emissora de TV no período de 1988 e 1991. Ele conta que naquela época a infraestrutura era inexistente, com pouco pessoal para trabalhar. “Contudo, a equipe era empolgada e isso fez a diferença. A TV não tinha recursos próprios. Então, o governo da época buscou uma forma para comprar uma câmera, algumas fitas, uma unidade móvel, pagar a equipe e colocar no ar um jornal”, lembra.

Foi naquele período que o nome da emissora mudou de TV Educativa do Acre para TV Aldeia. “Fizemos uma consulta popular. Apareceram mais de mil cartas e a maioria pedia TV Aldeia. Foi assim que foi escolhido”, conta o diretor.

E é essa proximidade com o telespectador que Elson Martins deve trazer para a nova gestão à frente das emissoras de rádio e TV, aliando seu olhar experiente ao novo jornalismo proposto por George Naylor que agrega tecnologia e agilidade na informação.

O nascimento da TV Aldeia

Na mesma época, o jornalista conta que profissionais ligados à área de propaganda e criação estavam no Estado para trabalhar em campanhas políticas. Foi quando conheceu Paraci Negreiros, que atuava com criação e marketing. “Nos tornamos amigos e pedi para ele fazer o desenho da marca, e surgiu, assim, aquela oca”, recorda.

Martins revela que um dos momentos mais marcantes vividos em sua primeira passagem pela TV Aldeia foi a primeira transmissão do carnaval de rua de Rio Branco, em meados de 1988 e 1989. De maneira improvisada, a equipe passou uma ligação por cabos que partia do prédio da emissora por dentro do Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB) até chegar à Avenida Getúlio Vargas.


“A aventura que mais marcou foi essa transmissão. Colocamos duas câmeras no box que construímos na avenida. Foi a primeira cobertura televisiva de carnaval do Acre. Isso chamou a atenção da cidade”, rememora o jornalista.

Um novo momento

Essa mesma ousadia deve permear o retorno de Elson Martins à TV Aldeia. De acordo com ele, a proposta é aproximar o telespectador ao regionalismo, colocando na tela da televisão a cultura local, os hábitos, culinária, entre outros.

Músico e jornalista, George Naylor destaca que iniciou a carreira no jornal impresso e traz consigo o que ele classifica como “novo jornalismo”.

“É o trabalho com câmeras compactas, o jornalismo mais dinâmico, mais prático. O jornalista pega seu celular e faz uma transmissão ao vivo e pode ir ao ar pela CNN, a maior TV do mundo. A ideia é pegar esses exemplos e trazer para nossa realidade. O Elson traz essa alma acreana, a representatividade da TV Aldeia para o povo. Aliando a experiência editorial dele com essa nossa nova maneira de pensar o jornalismo, vamos trazer um produto que venha agradar o público, contemplando os preceitos do que deve ser um emissora pública educativa”, explica Naylor.

Nos próximos dias, a rádio Aldeia FM e a TV Aldeia colocam no ar produtos que serão amplamente divulgados nas emissoras, em suas páginas de redes sociais e ainda no site da Notícias do Acre.

Andréa Zílio, secretária de Estado de Comunicação, frisou que a Rede Aldeia passou por vários processos e nesta etapa chega a um momento distinto.

“Sabemos o quanto é difícil manter uma estrutura de uma emissora pública. Mas, a TV Aldeia vive um momento ímpar com esse processo da digitalização, um compromisso do governador Tião Viana. Nessa reformulação de equipe, unimos a experiência do Elson Martins, com seu entendimento de jornalismo na Amazônia, ao George Naylor que tem experiência com o jornalismo de interação em redes sociais, cheio de disposição, otimismo e energia. Essa junção combina de maneira harmoniosa e que vai gerar bons frutos”, conclui Zílio. (Secom/Acre).

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