TARAUACÁ: Quero Ler vai alfabetizar mais de 6 mil jovens e adultos no município.

O programa representa a conquista da cidadania para muitos (Foto: cedida)
Secom/Acre - Em 2015, o governador Tião Viana assumiu o desafio de alfabetizar, até o fim de 2018, nada menos do que 60 mil jovens e adultos em todo o estado. Somente em Tarauacá, esse público corresponde a mais de seis mil pessoas.

Atendendo a tal compromisso, o secretário de Estado de Educação e Esporte (SEE), Marco Brandão, com o apoio da coordenadora do Núcleo da SEE em Tarauacá, Francisca Aragão, encontrou-se, esta semana, com uma equipe competente e comprometida naquela cidade.

“Aqui em Tarauacá, a equipe fez uma adesão pra valer do Quero Ler, graças ao professor Francisco das Chagas Souza [mais conhecido como “Moço”] e à professora Francisca, que já foi vereadora, secretária municipal de Educação e é uma referência no estado”, afirmou.

Marco Brandão fez questão de mencionar que, quando a professora foi secretária municipal, o analfabetismo caiu bastante – ao assumir a pasta, em 1997, o analfabetismo adulto atingia 68,8% da população e, quando entregou o cargo, em 2002, o índice estava reduzido para 22,9%.

Uma das principais entusiastas do Quero Ler, ao ouvir o convite do governador Tião Viana e do secretário Marco Brandão para coordenar o programa no município, Francisca fez questão dizer que estava “recebendo um presente”.

Ela já trabalhou com diversos programas de alfabetização, em parceria com instituições públicas e privadas. E procura transmitir entusiasmo e comprometimento à sua equipe: “Quando o governador anunciou o programa, de imediato me coloquei à disposição para ajudar: “O que mais me incomoda é quando vou ao banco e vejo aquelas pessoas idosas pedindo a um e a outro para ver o saldo, para fazer um saque. Isso acontece diariamente. Então esse despertar para a cidadania representa a liberdade das pessoas”.
“Desafiador”

Já para o professor Francisco, o programa é desafiador, mas também gratificante para quem participa diretamente, ensinando as pessoas. “É uma oportunidade para os jovens que estão começando a trabalhar [em Educação]. Então, esperamos que eles gostem, que se empolguem e dediquem todo o carinho a esse trabalho”, disse.

Compromisso da equipe e material didático garantem sucesso do programa (Foto: cedida)
E continuou: “Se você tem uma equipe pedagógica boa e se você tem material didático, isso faz uma diferença muito grande. A nossa equipe é excelente e acreditamos que vai dar conta. Temos uma dívida com as pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar na idade certa”, disse. De origem rural e tendo sido alfabetizado apenas após os 12 anos de idade, o professor sabe do que está falando.

O grande desafio agora, segundo Brandão, é atingir a zona rural. E para que o Quero Ler possa ser um sucesso, não estão descartadas parcerias com outras ações de governo: “A gente tem uma grande possibilidade, que é usar programas como o Asinhas da Florestania para levar a alfabetização às áreas mais distantes. É uma estratégia, porque o mesmo professor que vai trabalhar com as crianças pode atender os adultos”, disse.

Programa Quero Ler


O programa é também oportunidade de trabalho para os jovens (Foto: cedida)
O programa de erradicação de analfabetismo Quero Ler, sob a coordenação do professor Evaldo Viana, subsecretário de Alfabetização, já havia chegado, desde sua implantação, a quatro municípios acreanos: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Feijó. E no início deste ano a outros quatro: Brasileia, Xapuri, Epitaciolândia e Sena Madureira.

Agora em março, com a abertura de mais 1.022 turmas, atingirá os 22 municípios acreanos, contemplando mais de 12 mil novos alunos. Somente em Tarauacá, são mais 101 novas turmas, contemplando mais 1.425 jovens e adultos.

Cada etapa tem duração de cinco meses, com três horas-aula por dia. A partir daí, o aluno está capacitado para dar continuidade aos estudos: “O aluno sai com o domínio da escrita e da leitura, pronto para ingressar na EJA [Educação de Jovens e Adultos]. Além de erradicar o analfabetismo no estado, o programa trabalha a autoestima dos alunos”, observa a professora Augusta Rosas, coordenadora-geral do Quero Ler.




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