TARAUACÁ: DESPORTISTAS DISCUTEM REORGANIZAÇÃO DO ESPORTE NO MUNICÍPIO


Um grupo de desportistas do município de Tarauacá, se reuniu na manhã do último sábado (01/04) para discutir a reorganização do esporte local. O Encontro aconteceu pela manhã no Galpão de Cultura do Bairro Cohab. Promotores esportivos, representantes de diversas modalidades, comunicadores, dirigentes de equipe, parlamentares, representante da prefeitura e atletas, debateram a temas como a reorganização da Liga Tarauacaense de Desportos, clubes de futebol e das diversas modalidade como voleibol, basquete, futsal, handebol e outras. 

No final da reunião,  foram encaminhadas as seguinte propostas:

1. Criação de um grupo de trabalho para verificar a situação da liga e dos clubes diante da receita federal;

2. Possíveis alterações no estatuto da entidade com a possibilidade de ingresso de novos departamentos e novos clubes, além de torná-la uma entidade com objetivos mais amplos (por exemplo cultural);

3. Organizar escolha dos representantes da direção da entidade através de um processo democrático;

4. Câmara de vereadores assumiu o compromisso iniciar um processo de diálogo com a assembleia legislativa para os procedimentos de devolução do estádio à liga;

5. Iniciar uma luta pela reforma do Ginásio Ruinet Lima de Matos e a possibilidade de construção de um outros espaço esportivo em Tarauacá;

O professor Raimundo Accioly, que coordenou a reunião, postou numa rede social, um texto onde o mesmo expressa um pouco o sentimento dos desportistas do município.

 
"Nesses últimos dias um desafio aos promotores do esporte tarauacaense em todas as modalidades está posto. 

Meu papel e de outros companheiros é de tentar promover o debate, juntar as forças dos desportistas, buscar parcerias e propor a reorganização do esporte em nossa cidade. 

O primeiro passo, é a conscientização de todos que o esporte do município não tem dono (se tiver ele abandonou há décadas), e que as diferenças existentes entre os desportistas não são maiores que a nossa necessidade de união.

Há tempos não temos ou nunca tivermos uma política municipal de esportes que leve em consideração desde a base na escola com atividades destinada às crianças, ou na escolinha do bairro que deixou de ser voluntária ou política de governo e passou a ser uma atividade econômica. Não há políticas ou plano de esportes que proponha pelo menos a semiprofissionalização do nosso futebol e nem tão pouco valorize as outras modalidades como vôlei, basquete, handebol, futsal e outras. 

O que estamos querendo propor é que essa luta deve partir de todos os desportistas. Se Reunir, se Unir, Debater, Propor Saídas e Pautar os poderes públicos e a iniciativa privada com as propostas do esporte. 
O futebol que sempre foi a atividade mais praticada e mais valorizada está no “fundo do poço” devido a falta do estádio, da sua principal entidade (LTD), negligência dos desportistas e interesse dos poderes e da iniciativa privada. 

O futebol por movimentar mais pessoas, passou essas últimas décadas despertando interesses meramente políticos e eleitoreiros. Esse formato nos levou à falência. Sem campo de futebol, sem clubes estruturados e sem uma entidade esportiva representativa e forte que imponha respeito e tenha credibilidade. 

Em minha opinião, o primeiro passo é a reorganização ou refundação da nossa Liga de Desportos, reorganização ou refundação dos clubes e a luta pela devolução do nosso estádio aos desportistas de Tarauacá. Nosso ginásio de esportes está deteriorado ao limite. Temos que lutar pela sua reforma imediata. 

Estamos discutindo a possibilidade de termos uma liga de desportos com seus departamentos organizados em cada modalidade. Uma diretoria representativa desses departamentos. O estádio sendo fonte de renda com a possibilidade construção da galeria de lojas (como é no José de Melo) e que ele possa se sustentar. Queremos também o braço dos poderes públicos na sua manutenção. 

As competições de futsal, handebol, vôlei e basquete desde a base se faz necessário. 

Na reunião de hoje foi encaminhado o seguinte:
1. Criação de uma comissão de trabalho para verificar a situação da liga e dos clubes diante da receita federal;

2. Propor alterações no estatuto da entidade com o ingresso de novos departamentos e novos clubes, além de torna-la uma entidade com objetivos mais amplos (Por exemplo cultural);

3. Depois disso tudo, organizar escolha dos representantes da entidade que seria a eleição de uma diretoria ampla e representativa;

4. Câmara municipal iniciar um processo de diálogo com a assembleia legislativa para a devolução do estádio à liga;

5. Iniciar uma luta pela reforma do nosso ginásio e a possibilidade de construção de um novo;

São apenas propostas iniciais discutidas hoje e que devem partir da classe dos desportistas.

Podemos até achar que é sonhar demais e que isso não se viabilizará. Vão aparece os céticos e os conservadores “puxando” o barco para trás. Mas não custa tentar. O que não pode é continuar como está. 

Ou vamos todos “remar” para esse lado ou vamos continuar reclamando, esperando as migalhas da prefeitura e do governo do estado. 

A prefeitura, o estado e o governo federal precisam ser pautados pelos nossos atletas.

Somos milhares de homens e mulheres, crianças, adolescentes, jovens, adultos e masters que amamos o esporte, distribuídos no futebol, voleibol, basquete, handebol, futsal, artes marciais, atletismo, etc...

Ou nos unimos ou vamos continuar fazendo a politica do avestruz. Enfiar a cabeça na areia até a tempestade passar.

Ou se preferirem, vamos exercer a política heroica e hipócrita de fotografar os banheiros do estádio ou o alambrado do ginásio para postarmos no facebook e esperar os valentes comentarem. Aí é o tipo de ação que alimenta o ego, dar oportunidade aos odiosos e descompromissados. Só que o problema vai continuar.

E disso que estamos tratando".

Raimundo Accioly

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