Moisés Diniz promove encontro para discutir estrada peruana na fronteira do Acre


CcontilNet - Conforme revelou o deputado acreano, a estrada de 270 km vai ligar os dois municípios peruanos, mas os efeitos de tal acesso vão ultrapassar as fronteiras dos dois países, notadamente por estar na região afetada as cabeceiras dos rios Purus, Yaco e Acre.

“Respeitamos a soberania do governo Peruano sobre o território deles, mas a estrada vai ser construída nas proximidades da reserva Indígena Mamoadate e no Parque do Rio Chandless, além ser localizada na área de preservação das cabeceiras do Rio Acre. Ou seja, atinge a fonte de vida do rio Acre, em especial”, destacou Moisés.

Para o parlamentar, isso torna a obra de interesse do povo do Acre. Por conta disso, o deputado está na luta pela criação de um grupo de trabalho para discutir o tema e envolver os outros parlamentares federais e estaduais, bem como os prefeitos, o movimento social e o indígena.

“Precisamos discutir com mais profundidade o tema. Eu defendo sempre em uma busca de solução e não simplesmente ser contra uma ideia. Se o governo peruano quer discutir a estrada, inclusive solicitando o apoio e o financiamento brasileiro, existem outras opções, como uma estrada de ferro, algo bem mais interessante”, destacou Diniz.

O deputado está na luta pela criação de um grupo de trabalho para discutir o tema e envolver os outros parlamentares/Foto: Reprodução

Segundo Diniz, as estradas tradicionais na Amazônia tem um impacto muito grande sobre o ambiente e, no caso atual, sobre as cabeceiras do Rio Acre. “Precisamos discutir e encontrar soluções e não vamos deixar passar sem discussão”, disse o deputado.

“Trouxemos uma representante de Madre de Diós e Ucayali [estados peruanos] para iniciarmos as discussões e em março vamos fazer uma reunião em Assis Brasil para discutir o tema com as autoridades dos dois países. O Itamarati [Relações Exteriores do governo federal] já deu sinal verde para o encontro, acompanhando o debate e confirmando a presença dos embaixadores respectivos”, revelou.

Sobre a participação dos governos dos dois Estados, brasileiro e peruano, os maiores interessados no tema, Diniz afirmou não terem sido formalmente envolvidos na discussão, mas destacou que devem se juntar à discussão até o próximo encontro.

“O relatório dos encontros vão ser encaminhados ao Itamarati e ao governo do Estado do Acre. O secretário Estadual dos Povos Indígenas esteve presente e deve repassar as informações ao executivo acreano”, complementou

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