Em respeito a adventistas, Moisés quer mudança na lei. No Enem, candidatos passaram 12 horas “confinados” na sala

Por Leandro Matthaus - O deputado federal Moisés Diniz (PCdoB) elabora uma proposta para mudar a legislação e corrigir uma injustiça aos mais de 80 mil estudantes adventistas no Brasil. A proposta visa, especialmente, minimizar o constrangimento a que esses alunos estão submetidos ao realizarem provas de concursos públicos aos sábados.

O principal ensinamento da igreja é a guarda do sábado, dia em que Deus descansou após criar o mundo. A experiência vivida pelos adventistas no exame do Enem despertou solidariedade do deputado, que considerou “desumana e imoral” a forma que o Exame Nacional de Ensino Médio trata esses evangélicos.

“Considerando o horário de Brasília, eles tiveram que entrar na sala até as 13 horas e, no caso do Acre, às 10 horas. Fiéis a sua tradição religiosa, precisaram aguardar que o relógio fosse até as 18 horas, para que eles pudessem iniciar a sua prova. Depois disso, foram mais quatro horas para responder às questões. Aqui no Acre é muito mais grave (junto com as regiões que têm fuso diferente de Brasília). Foram cerca de 12 horas dentro de uma sala”, exemplificou o deputado.

“Não é decente deixar esses jovens mais de dez horas confinados numa sala, sem acesso a telefone, sem poder sair para se alimentar de forma saudável, sem condições de repousar. Quando vão fazer a prova, após as 18 horas, eles estão fisicamente exaustos e psicologicamente exauridos. Considero que eles podem estar concorrendo de forma desigual, devido essas condições, o que fere a Constituição”, concluiu Moisés Diniz.

A assessoria do deputado foca numa justificativa capaz de convencer os líderes partidários e as comissões da Câmara, sobretudo quanto á proteção da escolha religiosa dos adventistas.

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