Governo afirma que Comando Vermelho teria pedido reforços após série de execuções no Acre


ContilNet - Após a tentativa de invasão à Unidade Penitenciária 4 (UP4), a Papudinha, em Rio Branco, com troca de tiros entre bandidos e policiais, o governador Tião Viana, juntamente com líderes das forças de segurança do Estado e o secretário de segurança pública, Emylson Farias, realizaram uma coletiva de imprensa para falar sobre a situação de terror que assola não só o Acre, mas o Brasil como um todo.

De acordo com secretário Emylson Farias, o Comando Vermelho (CV) passou uma ordem para fortalecer em todas as 27 unidades da Federação o seu poderio e que em relação às últimas execuções que aconteceram no Estado do Acre, 99% estão relacionadas com a disputa de território de drogas para poder comandar na área de tráfico.

A partir do nosso plano operacional executado no início do ano, nós extraímos só no mês de agosto mais de 40 pessoas, mas o crime não deixa vácuo e houve a disputa por espaço. Quando aconteceram as execuções do pessoal do Bonde dos 13, o CV pediu reforço e foi essa ajuda que causou essa situação que tivemos hoje aqui, mas graças a nossa Inteligência posicionamos as guarnições na frente da UP4, para que não tivéssemos um ataque como ocorreu no estado de Roraima, com 25 mortos, e em Porto Velho com 8 mortes”, explicou Emylson Farias.

Na coletiva, o governador Tião Viana disse que se trata de uma guerra entre facções a nível nacional com repercussão aqui no Acre, mas que a ação dos bandidos foi combatida de imediato, pois a Inteligência das forças de segurança já previa esse ataque a UP4.

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“A imprensa noticiou uma guerra grave de facções entre Comando Vermelho e PCC, envolvendo Rio/São Paulo e de 65 criminosos que se dirigiram para Rondônia e Acre, 40 ficaram em RO e 25 vieram para o Acre com armas pesadas e de grande impacto, granadas, carros blindados e tentaram promover um ataque muito perigoso dentro da UP4, mas foram prontamente combatidos pelo nosso serviço de segurança, porque a nossa Inteligência já havia dado o sinal de alerta”, disse Tião Viana.

Ainda de acordo com Tião Viana, isso reflete ao maior agente letal que ameaça a integridade da nação, se referindo às drogas, e culpou o descuido do Governo Federal, alegando que a porta de entrada está completamente vulnerável ao controle e combate às drogas.

Nós temos uma Polícia Federal solidária que faz o que pode aqui, temos a Polícia Rodoviária Federal, mas falta estrutura do Governo Federal, que deve R$2 bi para os Estados, do Fundo Penitenciário. Recurso dos Estados que não é liberado, o Governo do Acre, inclusive, judicializou essa matéria contra a União pedindo o que se é de direito, tratarmos com a devida gravidade dessa questão. São milhares de fronteiras abertas envolvendo os Estados da Amazônia e nós aqui no Estado temos as fronteiras abertas das áreas de maior produção de cocaína do mundo, que são exatamente o Peru e a Bolívia”, completou.

O governador afirmou ainda que o Estado tem uma unidade do sistema de segurança, envolvendo as Polícias Militar e Civil, estruturadas para as suas atribuições, mas que diante ao cenário de violência por meio de facções que se encontra o país, há quatro meses ele acionou a Força Nacional com o Ministro da Justiça. “Eles prometeram que depois das Olimpíadas atenderiam o reforço, porque esse problema não é de hoje e eu tenho alertado a União”.

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