Aedes aegypti está presente em 19 cidades do Acre, aponta boletim

Do G1 Acre - Municípios considerados isolados, onde só é possível chegar por via aérea ou fluvial,Jordão, Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus são as três únicas cidades do Acre em que não há registros da presença do Aedes aegypti.

A informação foi divulgada no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) nesta terça-feira (23). O documento confirma a infestação nas outras 19 cidades do estado.

O mosquito, causador da dengue, zika e febre chikungunya, pode ser encontrado até mesmo em Porto Walter, que também integra a lista das cidades isoladas.

Porém, segundo a enfermeira Ana Paula Medeiros, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), a presença do mosquito não significa necessariamente a presença das doenças.

“No caso o que temos é o Aedes aegypti, então, qualquer pessoa que chegue contaminada nesses municípios em que ainda não tem, a transmissão da doença vai começar o ciclo”, explica.

Ainda segundo Ana Paula, o contrário também é possível. “Marechal Thaumatugo não tem o mosquito, mas tem a doença. Porque os pacientes que vão para Cruzeiro do Sul adquirem a dengue, mas quando retornam para a cidade não há o vetor então, não há transmissão”, salienta.

Dengue
Os casos de dengue confirmados no Acre já somam 1,1 mil de janeiro até 16 de agosto. O número corresponde a uma diminuição de 76% em relação ao registrado no mesmo período de 2015, 4,6 mil. A redução, dessa vez de 30%, ocorreu também no número de notificações de suspeita de dengue. Foram 11,7 mil em 2015, contra 8,1 mil este ano.

Ainda nesse período, a regional do Juruá/Tarauacá/Envira foi a que teve o menor número de notificações, 1,2 mil. O que chega a ser 83% a menos que no ano anterior, 8.040. No Baixo Acre/Purus, em contrapartida, as notificações aumentaram de 3,4 mil para 5,6 mil. Enquanto no Alto Acre saltaram de 217 notificações para 1,3 mil.

Febre chikungunya
O boletim aponta pouco mais de mil casos suspeitos de febre chikungunya no estado desde o início do ano. A maior parte, 748, são da capital, Rio Branco. Apenas Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Santa Rosa do Purus permanecem sem casos da doença.

Zika
Já os casos suspeitos do zika vírus somam 1,4 mil desde o início do ano, destes, até o momento, apenas 24 foram confirmados e 23 descartados, enquanto 427 aguardam análise. O Acre segue ainda com apenas um caso de microcefalia relacionado ao zika. O bebê, nascido em Rio Branco, morreu pouco depois, de acordo com a Sesacre.

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