No Acre, estudantes da rede pública terão cota de 80% no Enem


Ufac acata propostas de reserva de vagas para estudantes acreanos - Depois de pouco mais de duas horas de debates, a reitoria da Ufac e os parlamentares da Assmebleia Legislativa entraram em consenso: vão estabelecer uma cota de 80% das vagas para estudantes da rede pública e criar bônus de 5 pontos para os candidatos que vêm de escolas públicas e disputam cursos de período integral, como medicina, engenharia, veterinária e agronomia.
Para que a medida seja implantada, só falta verificar a legalidade da proposta, embora o Ministério Público Federal já tenha sinalizado para a possibilidade.
A decisão foi tomada pelos professores da Ufac, em acordo com os deputados federais Gladson Cameli (PP), Marcio Bitar (PSDB), Eduardo Farias (PCdoB) e representantes da Secretaria Estadual de Educação.
Com isso, tentam garantir que os estudantes acreanos não sejam penalizados na disputa nacional. A proposta do percentual de 80%, da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), foi defendida pelo deputado estadual Eduardo Farias, em virtude da ausência da parlamentar por problemas de saúde.
A reitora da Ufac, Olinda Batista, lembrou que a reunião desta segunda-feira também foi proposta pela deputada comunista.
O boletim do INEP, divulgado às 10 horas desta segunda-feira, informava que seis milhões de candidatos se inscreveram para a prova do Enem em todo o País.
No Acre, segundo o boletim, as inscrições já chegavam a 45.602. Destes, apenas 742 são candidatos que estudam em escolas privadas. Os outros 32.241 são alunos da escola pública de 20 dos 22 municípios do estado, que concluíram o ensino médio.
O restante são os chamados treineiros, que se alcançarem a média do Enem, terão o direito de receber o certificado de ensino médio e ocuparem a vaga pleiteada.
“Algumas discussões ainda terão que ser feitas, mas nós chegamos a um consenso e eu tenho certeza que a Ufac continuará a receber muito mais estudantes acreanos. Na Universidade do Amazonas (Ufam) e do Ceará (UFC), o mesmo temor ocorreu e, em nenhuma das duas foi registrado um aumento de mais de 2% de estudantes de fora. Mesmo assim, apenas para os cursos de medicina”, destacou o vice-reitor da Ufac, Pascoal Muniz.

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